Idosos podem pular Carnaval desde que sigam cuidados
É cada vez mais comum encontrar pessoas que, mesmo na terceira idade, estão integradas em atividades como dança, desfiles, bailes, viagens, artes e diversas outras práticas, em alguns casos demonstrando até mais vitalidade e disposição do que certos adolescentes.
Carnaval e folia, por exemplo, chegam a agradar alguns idosos, que fazem questão de ir para os salões ou blocos, encontrar amigos, brincar, dançar e se divertir.
Contudo, devido ao baixo índice de massa corpórea (processo natural do envelhecimento), à redução da coordenação motora e do equilíbrio, pessoas dessa faixa etária necessitam de mais cuidados, a fim de evitar acidentes e o fisioterapeuta Thiago Brito falou a respeito do assunto.
“O carnaval é uma festa para todas as idades, todos necessitam de cuidados especiais, principalmente os idosos que, para aproveitar bem a folia, devem se lembrar de alguns detalhes como a caminhada e o alongamento, beber muita água, não esquecer os remédios que devem ser levados em bolsas, e as roupas ou fantasias devem ser leves e arejadas”, pontuou Thiago, lembrando que, caso seja em praia ou rua, o boné ou chapéu é importante.
Outro detalhe que o fisioterapeuta citou são os sapatos, que precisam ser confortáveis e com solados que aderem ao solo. “O melhor é ir de tênis, pois é fechado por inteiro e oferece maior proteção, evitando que os pés sofram qualquer torção, principalmente para os hipertensos e diabéticos. Os acompanhantes devem sempre ficar por perto, para dar apoio ao idoso – para eles, a presença de alguém é a maior segurança que eles têm”, acentuou Thiago.
E enfatizou que, com o passar dos anos, os idosos perdem a força e a mobilidade, sobretudo nos braços e pernas, devido a diminuição dos músculos. “A massa muscular é feita de proteínas e a capacidade de produzi-las diminui a cada ano que passa. Com o sedentarismo, a força muscular enfraquece e é essencial para o desempenho de habilidades motoras a atividade física, que deve começar a ser praticada na juventude, indo até a terceira idade”, aconselhou o fisioterapeuta, justificando que exercícios podem adiar a redução da massa muscular.
Thiago também observou que, em relação aos ossos, os exercícios físicos ajudam a deixá-los mais fortes. “Com o passar do tempo, os ossos vão perdendo a densidade, além disso, a deficiência de cálcio e vitamina D, o alcoolismo e cigarro podem acelerar a perda da quantidade de tecidos ósseos. Os exercícios aumentam o volume dos músculos, que ficam mais resistentes; já os ossos, com a idade, tornam-se mais porosos e perdem a resistência, causando a osteopenia (diminuição da massa óssea e enfraquecimento dos ossos) e a osteoporose (perda da massa óssea) que pode acarretar riscos de fraturas”, destacou ele.